Friday, March 23, 2007
Succubus (Necronomicon, 1968) é uma das películas que melhor realiza esta unidade ideal entre ousadia e lírica, unidade cuja busca confundiu e definiu os caminhos do cinema do princípio dos anos 1970, através do eurohorror, Godard e os cineastas esperimentais americanos. Bem, Jess Franco é mestre nesta "confusão" orgânica entre arte e artificialismo, na confluência do ritmo jazzista; entre o poder divinatório do diretor - da inteira liberdade de fazer, reproduzir, criar e falsificar - presentificante do cinema e sua obstinação analítica. Seus personagens são apresentados rapidamente, impetrando, logo em seguida, uma viagem absolutamente pessoal e anti-naturalista pelos meandros da subcultura pop, obsessões pessoais e o horror Schocker-Xploitation. O que ronda seus melhores títulos ( Vampyros Lesbos, Necronomicon, She killed in Xtasy), ele acrescenta ( má palavra, pois não dá conta da organicidade da operação, poética por princípio, pois orientada por uma metáfora) a situação de um mundo mítico, imemorial, psicodélico e, por isso mesmo, tão apto a se prestar a metamorfoses e elípses narrativas.
Wednesday, March 21, 2007
FUNDIDADE - SOMBRAS - PROFUNDIDADE - SOMBRAS - PROFUNDIDADE
O filme ilustra o que eu considero como uma das particularidades mais obscuras ( e essenciais) do cinema: a crueldade. Entenda-se isso aqui no sentido de se encarar o cinema como um falo imenso, monstruoso membro postiço, amplificado pela técnica a um nível grotesco, de devassar a intimidade do ser, as possibilidades mais recônditas - e perversas - da representação. Essa possibilidade de encarar as raízes da realidade, até o úmido, o indiferenciado, a saliva, o sêmen, a merda, é uma das paixões que pode ter inspirado a criação de um aparelho de exame , de percepção tão impiedoso como o cinema. As situações da cegueira num ponto fundamental da película ainda dá a Franju ( como se esse insight ontológico-fetal não fosse o suficiente) o pretexto para um painel lírico-sociológico de matar de inveja qualquer antropólogo-performer
A impressão que me dá é de que, nesse filme, Lang tenta retomar o decoratismo de seus filmes mudos, e não consegue o contraponto dramático que lhes dê espessura, que os insira numa dinâmica. O filme abusa dos recursos: fotografia quase fantasiosa, em seu esmero barroco, partitura intragável, atuação. Tudo é exagero, fake, postiço. A expressão não é boa, mas parece um filme de arte feito para pessimistas canastrões. A cena da apresentação dos quartos é muito boa, o uso do que Lorcelles chama de detalhe significativo, em Lang, é feito de forma certeira e discreta ( nada que lembre os fantásticos catálogos de elementos semânticamente ricos de seus dois primeiros filmes falados, M e Testamento do dr Mabuse), mas o filme me deixou com um gosto de salitre, de envelhecida caixinha de retórica. Com revisão deve melhorar, algo pareceu ficar me espreitando do fundo daquele emaranhado estetizante de sombras e cacofonias, mas por enquanto não é o suficiente. É importante lembrar que, no final de sua carreira, Lang vai tentar revisões de suas obras - a fortiori mudas - com um eficiência muito superior ao deste. Moonfleet, O túmulo indiano, O tigre de Bengala, o último Mabuse ( que, aiás, me parece estar muito mais ligado ao Testamento que ao Mabuse mudo, pela ênfase na face técnica, abstrata do Mal) estão entre seus melhores e parecem sugerir uma oxigenação sintética necessária depois do fechamento do círculo dos últimos filmes americanos.
Falam muito em cinema puro, no documento bruto , exaltação do fato como espécie de refúgio ontológico puríssimo que fundamenta o cinema, mas esquecem que a fantasia do teatro foi fundamental para oxigenar o cinema durante certa fase e em certos autores, Welles sobretudo, mas quem vai negar a importância da dramaturgia na obra de Ray, o ballet cósmico de Mizogushi, a abstração jansenista, (devedora no fundo de Racine) de Bresson, a transfiguração da vida como metáfora do teatro e não o contrário, nos últimos Renoir, Méliers? Abundam exemplos. No deserto árido da conformação ao que, certo dia, foi revolucionário e inspirou ideais de pureza e autenticidade ( conceitos dos quais sempre suspeitei, aliás), jaz o pior reacionarismo: arte natimorta.
Na verdade, renego a surpresa das 'listinhas', pois acho uma bobagem essa mania de erigir hierarquias, tática de exclusão e colisão, pretexto para polêmicas que não dão conta de nenhum filme, muito menos de uma vida dedicada a fazer e pensar cinema.O ideal ainda é anexar, conjugar, mesclar, e não excluir. Apesar da minha proposta ter um cheiro nauseante de ecletismo barato, mas vai assim mesmo. Depois do discurso, whatever, minhas revisões: Meus últimos 03 filmes vistos e revistos, num balaio de gato de estilos. Mais indecente impossível!
Monday, March 19, 2007
PRE CODE HOLLYWOOD
Existiu um pequeno período na história do Cinema americano onde as regras de censura que definiram o chamado 'periodo clássico' (1935 até aos anos 1950) pouco foram cumpridas, um ato de rebeldia 'punido' através de um código rigoroso posto em prática por Joseph Breen (baseado no conhecido código Hays) que foi introjetado pelos estúdios que o adaptaram não para se auto-censurarem mas para criarem uma maquina coorporativa que ainda hoje tenta destruir qualquer oposição. Pre-Code Hollywood: Sex, Immorality, and Insurrection in American Cinema, 1930-1934, de Thomas Doherty é um dos mais interessantes relatos desta época, debruçando-se sobre a evolução do sistema de estúdios, que reinava livre no escuro do cinema, sem preocupações em mostrar conteúdos moralmente condenados por um emergente conservadorismo de contornos religiosos e fundamentalista; os mesmos que atualmente comandam de forma hipócrita o destino dos EUA, e que, através da Grande Depressão, conseguiu moldar toda a máquina do 'fazer' cinema até aos dias de hoje. Doherty não faz só uma fácil listagem dos vários gêneros que nasceram ou floresceram nesse período (Vice films, filmes de Gangsters ou as comédias 'libertinas'), mas consegue também encontrar a gênese do cinema de intervenção política (antes da infame caça às bruxas que debilitou o gênero até aos finais dos anos 60), e aventurando-se ainda pelos terrenos dos Newsreel e do 'cinema de expedição', a semente do exploitation e pseudo-documentário Mondo, numa viagem fascinante à psique pop americana. Pre-Code Hollywood é um documento completo da época em que a cultura popular americana ainda caminhava livre e pouco moldada às considerações morais. Ademais, do ponto de vista sociológico, mutatis mutandis, o livro apresenta-se como um significativo documento da decadência dos valores agregados às liberdades individuais americanas.
Sunday, March 18, 2007
BEATLES O CARALHO! EU CURTO É MC-5!!!
O ineditismo das selvagens apresentações aliado às guitarras encharcadas de fuzz e noise - o perverso ruído industrial produzido pelos distorcedores vagabundos das garage bands - só demonstra paralelo, nos 6o´s, com o proto-punk de Iggypop & Stooges. Neste post alguns cartazes chamativos das apresentações da banda.
SEIJUN SUZUKI
A crítica francesa está entusiasmada com a sua (re) descoberta de Seijun Suzuki, diretor de filmes B japonês, nascido em 1923 e que caiu no ostracismo nas últimas décadas. Em Paris, está sendo exibida uma retrospectiva de nove dos principais filmes de Suzuki, todos eles rodados entre 1961 e 1967 para os estúdios Nikkatsu, época áurea de sua carreira. Para o espectador atento, não há dúvidas: trata-se de um gênio do cinema moderno. Os estúdios Nikkatsu dedicavam-se a filmes B, ou seja, feitos com pequeno orçamento e de grande popularidade, com histórias eróticas e aventuras da yakusa, a famosa máfia japonesa. Suzuki, como bom empregado dos estúdios, não abandonou integralmente o modelo proposto, mas desenvolveu dentro dele mesmo uma estética exuberante e barroquista, de imensa inventividade cinematográfica, enquanto ia transfigurando os temas com sua inquietação crítica e muita ironia.O filme mais antigo de Suzuki na retrospectiva é "Tanti Jimusho 2-3" ("Detetive Escritório 2-3", a partir da tradução francesa do título). Foi feito em 1963, em preto-e-branco, e é também uma de suas primeiras produções nos estúdios Nikkatsu. Contrastado aos demais filmes da mostra, é o mais convencional de todos eles, tanto no plano formal quanto narrativo. É, porém, um filme que avança bastante na exploração de um modo moderno do gênero policial, renovando o tratamento cinematográfico dado ao décor, à iluminação, ao ritmo e às interpretações.O detetive é interpretado por Joe Shishido, um ator interessantíssimo, capaz de encarnar dualidades complicadas que interessam a Suzuki. Suas inflexões na tela se manifestam numa área indeterminada entre o infantil e o brutal, o cínico e o idealista, a frieza e a paixão. Com seu corpo de aparência pesada, Shishido é capaz contudo de muita rapidez e leveza no gesto, certamente relendo o kabuki numa forma contemporânea.Shishido se transformará, a partir de então, no ator-fetiche de Suzuki e irá estrelar vários filmes do diretor até a obra-prima "Koroshi No Rakuin" ("A Marca do Matador"), a última produção para os estúdios Nikkatsu. "A Marca do Matador", realizado em preto-e-branco, é um filme surpreendente e arrebatador. A história é a de um matador profissional que vira ele próprio alvo daqueles que o contrataram. Mas a trama não interessa tanto a Suzuki neste filme. Talvez sob a influência da Nouvelle Vague francesa, o diretor libera o estilo policial de suas amarras para criar situações e imagens que importam não pela continuidade e verossimilhança que dão à narrativa, mas por sua potência plástica e expressiva particular. Em certos momentos o filme lembra fortemente "O Bandido da Luz Vermelha" (1968), de Rogério Sganzerla. Também tem semelhanças com realizações do chamado cinema marginal paulista, como as de Carlos Reichenbach, embora Suzuki disponha de recursos técnicos e materiais superiores. Resta saber se os filmes do japonês foram vistos pelos jovens diretores brasileiros em São Paulo nos anos 60, quando o cinema nipônico era exibido com regularidade na cidade.Mas com certeza o cinema de Suzuki atingiu bastante Jim Jarmush, Quentin Tarrantino e Takeshi Kitano, como lembra a revista "Cahiers du Cinéma". Em "Ghost Dog", história de um matador negro, Jarmush homenageia Suzuki explicitamente, citando cenas de seus filmes _e recriando-as inclusive, como aquela famosa sequência de "A Marca do Matador", em que o assassino profissional alveja um gângster atirando pelo cano da pia. As inserções gráficas e os desenhos que Kitano tem inserido em seus filmes ultimamente já aparecem também em "A Marca do Matador"."A Marca do Matador", por causa de sua radicalidade, assustou os estúdios Nikkatsu, que romperam o contrato com Suzuki. Durante dez anos, o diretor ficou sem filmar, esperando que chegasse ao fim um processo que movia contra a Nikkatsu exigindo a deposição de cópia de todos os seus filmes na Cinemateca Japonesa, uma indenização de 1 milhão de yens e um pedido público de desculpas pelo rompimento do contrato. Ele venceu o processo e voltou ao cinema, já aclamado como mestre pela nova geração, mas jamais alcançou o brilho anterior.Entre "Detetive Escritório 2-3" e "A Marca do Matador", Suzuki realizou para os estúdios Nikkatsu outros policiais e também melodramas, como o excelente "Nikutai No Mon" ("A Barreira de Carne"), de 1964.Filmado em deslumbrante technicolor, "A Barreira da Carne" é o auge do barroquismo de Suzuki, tanto do ponto de vista plástico quanto da encenação. As cores estalam na tela em contrastes violentos e as ações estão carregadas de teatralidade neste filme que narra a vida de quatro prostitutas no Japão do imediato pós-Segunda Guerra, quando forças militares americanas ocuparam e passaram a governar o país.A misoginia dos thrillers policiais, e que poderia ser vista como uma característica de Suzuki, é transfigurada neste drama, que está sob a égide do feminino perverso. Em meio à fome, à destruição, enquanto uma yakusa incipiente nasce no fundo de miséria do país, as prostitutas inventam códigos de honra e formam uma associação parecida à de uma máfia. É um modo de elas se defenderem da violência da situação histórica, do predomínio masculino e da arrogância do ocupante. O erotismo, uma demanda imposta pelos estúdios, surge de maneira cruel e sadomasoquista. O realismo é contrariado o tempo todo, em prol de uma mise-en-scène de forte carga simbólica.O filme é praticamente uma parábola histérica sobre o estado de subserviência e inferioridade a que os japoneses foram relegados no fim da guerra. É também sobre o fim de um Japão e o surgimento de outro. O último plano de "A Barreira da Carne" mostra uma bandeira dos Estados Unidos reinando sobre as ruínas de uma cidade. Paradoxalmente ou não, Suzuki viria a ser, entre os grandes diretores japoneses do pós-1945, o mais americanizado e o mais pop.
Wednesday, March 14, 2007
Sunday, March 11, 2007
Ian MacKaye e seu THE EVENS fazem shows no BRASIL
UTILIDADE PÚBLICA: Ian MacKaye, ícone da cena independente de Washington, fundador do selo Dischord Records e cantor do influente Fugazi , dentre outras bandas, apresenta-se em diversas cidades brasileiras com seu projeto The Evens, juntamente com sua mulher Amy Farina (The Warms). O som dos Evens afasta-se do post-hardcore de dissonância calculada dos Fugazi, optando pelo intimismo de profundidade emocional de uma guitarra barítona e uma bateria. Em média a entrada custará R$ 10.
THE EVENS NO BRASIL:
Recife Quando: 27/03, às 22h
Onde: UK Pub (rua Francisco da Cunha, 165)
Quanto: R$ 15
Informações: (81) 3465-1088
São Paulo Quando: 28/03, às 21h
Onde: Sesc Vila Mariana (rua Pelotas, 141)
Quanto: de R$ 10 a R$ 20
Informações: www.sescsp.org.br
Curitiba Quando: 29/03, às 20h
Onde: Espaço Cultural 92 Graus (rua Des. Benvindo Valente,280)
Quanto: R$ 15
Informações: www.92graus.com
Londrina Quando: 30/03, às 23h
Onde: Victoria Café (rua Araçatuba, 96)
Quanto: R$ 12 (antecipado) e R$ 15 (no local)
Rio de Janeiro Quando: 31/03, às 20h
Onde: Áudio Rebel (rua Visconde de Silva, 55)
Informações: www.audiorebel.com.br
The Evens: Ian MacKaye's Post-Punk Passion (extraído do Jornal Washignton Post)
By Joe HeimSpecial to The Washington PostWednesday, March 9, 2005; Page C01
It's not quite the reverse of Bob Dylan going electric, but the eponymous debut CD from the Evens will still come as a surprise to fans who have followed Ian MacKaye's career from his thrashing punk beginnings in the Teen Idles and Minor Threat -- bands that helped establish D.C.'s revered hardcore scene -- through his 17-plus years as Fugazi's frontman. In the Evens, with drummer Amy Farina (another veteran of the Washington scene and a former member of the Warmers), MacKaye is entering vastly different territory, creating an introspective work that is as stripped-down, subtle and quiet as his previous efforts were fierce, brazen and unforgiving.
It would be tempting, then, to describe "The Evens" as music for Fugazi fans who've grown too old and weary to still consider themselves punks. These new songs are bare-bones and intimate: MacKaye on electric baritone guitar and Farina on drums. No other instruments. It's rock, but with the reins held tight. There are no screaming choruses or ear-splitting guitars. Nothing that would kick-start a mosh pit or set off stage-diving. If such a style exists, the Evens sound like what happens when post-hardcore becomes post-post-hardcore.
It would be tempting, then, to describe "The Evens" as music for Fugazi fans who've grown too old and weary to still consider themselves punks. These new songs are bare-bones and intimate: MacKaye on electric baritone guitar and Farina on drums. No other instruments. It's rock, but with the reins held tight. There are no screaming choruses or ear-splitting guitars. Nothing that would kick-start a mosh pit or set off stage-diving. If such a style exists, the Evens sound like what happens when post-hardcore becomes post-post-hardcore.
The Evens' Ian MacKaye and Amy Farina, veterans of the D.C. music scene. (Dischord Records)
But if the sound of hardcore is absent on this enthralling album, its spirit and intensity remain. Somehow, the quietness, the spareness of the songs make them all the more convincing and powerful. Where Fugazi's songs build in tension before exploding into angular bits of rage-filled fury, Evens songs remain . . . even. Farina and MacKaye never stray from their reserved, almost detached delivery. Whether singing alone or together, there's an icy flatness to their voices, as if they're shrouded in a cool, blue veil. It's a style well suited to forlorn fare such as the magnificent "Sara Lee," the even moodier "Until They're Clear" and "Blessed Not Lucky," a beguiling, ethereal composition that is either a song about love or a song about a car wreck.
Other tracks address an array of issues: alienation, apathy, economic injustice, depression, authority that can't be trusted. Tried and true punk-rock topics all. MacKaye introduces the song "All These Governors," saying, "Generally, I don't speak ill of the dead. However, I may make an exception in this case." He then begins singing, launching a litany of charges against elected officials with the line, "When things should work, but don't work, that's the work of all these governors." Another song, "Mt. Pleasant Isn't," captures the enduring turmoil in that Washington community, from the riots that tore through it more than a decade ago to the ongoing gentrification that wears away at its identity.
In some ways this album is the answer to questions about how punks -- and others, for that matter -- can maintain the beliefs and energy of youth. It's a testament to keeping on when things look grim, to rediscovering yourself and reclaiming your passions long after you thought they had been lost. The album's second song, "Around the Corner," addresses this drive to hang on. On the song, the Evens pose the question, "What are you going to do if you get too weary to go on?" and then answer it: "You're not going to exit."
But if the sound of hardcore is absent on this enthralling album, its spirit and intensity remain. Somehow, the quietness, the spareness of the songs make them all the more convincing and powerful. Where Fugazi's songs build in tension before exploding into angular bits of rage-filled fury, Evens songs remain . . . even. Farina and MacKaye never stray from their reserved, almost detached delivery. Whether singing alone or together, there's an icy flatness to their voices, as if they're shrouded in a cool, blue veil. It's a style well suited to forlorn fare such as the magnificent "Sara Lee," the even moodier "Until They're Clear" and "Blessed Not Lucky," a beguiling, ethereal composition that is either a song about love or a song about a car wreck.
Other tracks address an array of issues: alienation, apathy, economic injustice, depression, authority that can't be trusted. Tried and true punk-rock topics all. MacKaye introduces the song "All These Governors," saying, "Generally, I don't speak ill of the dead. However, I may make an exception in this case." He then begins singing, launching a litany of charges against elected officials with the line, "When things should work, but don't work, that's the work of all these governors." Another song, "Mt. Pleasant Isn't," captures the enduring turmoil in that Washington community, from the riots that tore through it more than a decade ago to the ongoing gentrification that wears away at its identity.
In some ways this album is the answer to questions about how punks -- and others, for that matter -- can maintain the beliefs and energy of youth. It's a testament to keeping on when things look grim, to rediscovering yourself and reclaiming your passions long after you thought they had been lost. The album's second song, "Around the Corner," addresses this drive to hang on. On the song, the Evens pose the question, "What are you going to do if you get too weary to go on?" and then answer it: "You're not going to exit."
Saturday, March 10, 2007
FIEND OF DOPE ISLAND
Quem mais se não o Cramps para ressucitar Fiend of Dope Island (Nate Watt, 1961), obscuro e barato horror movie, absolutamente impagável no quesito ruindade. A forte ligação entre o Rock´n´Roll de raiz primitiva e a cultura de massas representada pelo filmes de temática bizarra, B Movies e Xploitation tem nas Garage Bands seus maiores arautos.
Wednesday, March 07, 2007
RUSS MEYER BOX COLLECTION
STRAVAGANZA indica, a despeito do preço, Box Collection do Russ Meyer. Tem de tudo, inclusive oldies e raridades. 18 clássicos! Eis os destaques:
Vixen- Supervixens- Beneath the Valley of the Ultravixens- Mondo Topless- Up- Faster Pussycat... Kill! Kill!- Cherry, Harry and Raquel & Common Law Cabin- The Immoral Mr Teas & Eve and the Handyman- Wild Gals of the Naked West & Blacksnake- Pandora Peaks & Finder Keepers, Lovers Weepers- Motorpsycho & Good Morning and Goodbye!- Lorna & Mudhoney
PHANTOM PLANET
Sabe-se lá por qual motivo, sujeito aterriza com aeronave em planeta desconhecido. Uma estranha força irá encolhe-lo e fazê-lo prisioneiro de um povo diminuto e rudimentar. Nem tudo está perdido: Belíssimas mulheres (inclusive uma réplica de Liz Taylor quando tinha 17 anos), com hormônios em ebulição e trajes tão pequenos quanto seus cérebros disputam o nosso herói. Após ser absolvido por um tribunal de excessão vira herói e cai nas graças do líder da pequena comunidade ao salvar o planeta de um ataque inimigo. Destaque para o monstro alienígena, trôpego e meio cego, que ataca nosso herói e as belíssimas mulheres. Ninguém morre, exceto o monstro. Sci Fi Shock-O-rama da AIP.