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Serial-killer mascarado e paramentado com luvas negras de couro assassina mulheres deixando no local do crime um pingente em forma de meia-lua prateada. Giulia (Uschi Glass), sobrevivente de uma tentativa de homicídio, com ajuda do marido estilista Mario (Antonio Sabato), encena morte e féretro para enganar o psicopata e tentar desvendar os crimes. A despeito da proteção concedida pela Policia ao mulherio, as mortes continuam. Quem será a próxima vitima? Qual o liame de causalidade entre os crimes? Por que a policia é tão incompetente como nos filmes noir? A despeito da última questão (seria uma critica à sociedade patriarcal italiana?), todas as demais são esquematicamente – sem embargo da confusão do roteiro - respondidas. O filme de Lenzi é morno, pouco dinâmico, cheio de clichês e destituído da excessiva e estilizada linguagem visual gongorica-mod-barroca que imprimiu ao thriller italiano erótico-policial sua característica mais notável, distanciando-se, assim, das produções conterrâneas e operísticas de Dario Argento e Sergio Martino. Lenzi, mais lembrado pelo infame e brutal Cannibal Ferox, do conhecido ciclo de filmes canibais italianos, foi mais cuidadoso em seu giallo subseqüente, Spasmo (1974).
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