Saturday, September 29, 2007
Sunday, September 23, 2007
Saturday, September 22, 2007
Tuesday, September 11, 2007
FLESH FEAST
Este paupérrimo Low-Budget terror de 1970 foi o primeiro filme de Veronica Lake após 22 anos de obscuridade e pequenas participações na TV americana. O argumento confuso e eventualmente hilário diz respeito à cientista que após experiências pseudo-cientificas em Miami resolve reviver Adolph Hitler mediante técnica pouco ortodoxa. Veronica Lake, numa mistura de detetive-enfermeira-judia faz o que pode para impedir o intento.
FIEND WITHOUT A FACE
Uma base de foguetes no Canadá é sabotada por uma força invisível, mas que traduz, de forma quase expressionista, o horror dos seus antagonistas. As criaturas invisíveis que aterrorizam os cientistas materializam-se em cérebros que voam (!). Os tais cérebros, além de perturbar a vida do elenco é dado a sugar suas energias através de um cordão semovente. Little sci-fi Z, do mesmo diretor de Horror of the Black Museum.
Tuesday, September 04, 2007
LORDS OF ALTAMONT
MC-5 + Stooges + Electrid Frankenstein + Garage punk + 77´s punk classic: Lords of altamont Não só pelo nome, uma das grandes revelações no sonâmbulo cenário alternativo.
THE HORRORS
A NME falou um monte, a Sound baba horrores. Esqueça o Hype, mas The Horrors tem o melhor vocal gritado da temporada, e a mistura de B Movies (caro a este editor) com o rockabilly/gothabilly/surf guitars/psychedelic/post-punk da molecada - principalmente em "Sheena is a parasite", uma homenagem aos Ramones -, é matador! O visual lembra os lendários Inca Babies.
Sunday, September 02, 2007
O ECLIPSE
O eclipse não é uma lição de ontologia, e muito menos de psicologia sobre as relações amorosas, mas de física; corpos em deambulação, interação, intersecção descrevem um espaço abstrato, a partir do qual Antonioni erige formas em contraposição à luz. De um fio de argumento, o filme encaminha-se para um progressivo buraco negro, sob a égide do qual as formas dos personagens e seus dramas ( fragmentos de dramas, fiapos de expressão) vão cedendo lugar a uma espécie de ontologia ( agora sim) selvagem, bruta. A Antonioni não interessa mais o plano das árvores fixados pelo olhar de uma insone Vitti, mas o olho desgarrado de um corpo que, simplesmente, vê. Uma espécie de genealogia da percepção bruta, da percepção como anterior ao humano, à sua incrustação numa subjetividade, percorre o filme como a sua metafísica secreta. Suas arestas, sua limpidez, seu ritmo hierático, o sufocante espaço dado aos objetos nos planos ( mais do que em qualquer outro filme dele, talvez Blow-up) lançam-nos em uma nova experiência do devir: não um devir humano, uma temporalidade corriqueira, afetiva, emaranhada na trama dos afetos. É a constatação de que o cinema de Antonioni, a partir sobretudo de O eclipse ( que tem em Blow-up a correlação imediata deste processo) se afirma, cada vez mais, como uma espécie de investigação sobre o que Merleau-Ponty chamaria de ontologia selvagem, sobre as origens da percepção, a visão do ver, o perceber do percebido. Isso numa diapasão ascética, numa austeridade minimalista, num compasso inóspito.