Friday, January 29, 2010

NO THANKS

Somente agora o silêncio se fez possível. Holden Caulfield corria de um lugar ao outro na tentativa de impedir que a inocência desaparecesse despenhadeiro a baixo. Mas os campos de centeio sao como grandes dédalos que retira os ponteiros do relógio impedindo que saibamos quando a velhice  já nos redime. Depois do cansaço advindo das tentativas de deter a fuga da juventude, das crianças que brincam descuidadas no campo de centeio, ou do que restou do nosso humanismo arado por rastelos feitos de ossos ressequidos, impunhados por nossos antepassados elliotianos, com seus elmos vazios, cheios de nada. Aí de nós! Agulha no palheiro. Mas isso nao importa. O silêncio que nos intimidou durante décadas mostrou que Salinger nao escrevia para mais ninguém, exceto ele mesmo. Nunca ouve um verdadeiro outsider catequisado pelo fantasma suicida de Seymour. A única resposta para o que viu Seymour naquela tarde praiana antes de sua morte, e Caulfield em seu sonho angélico nunca nos será revelado. Silêncio.

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