EEGAH!
Eegah (1962) é uma daquelas obras de culto que sempre foi relegada ao desprezo pelo mainstream e que agora parece legitimada por este desesperado esforço cinematográfico em revisar filmes de carregaçao. Se juntarmos todos os 'erros' antropológicos e históricos (debitados em velocidade generosa), os vários problemas estéticos, os vistosos buracos na continuidade narrativa e a presença do gigante Richard Kiel, a sexy e pouco articulada Marilyn Manning e o troglodita herói do cinema B de R'n'R Arch Hall Jr. (uma das maiores figuras de culto dos filmes B, ator do histórico Wild Guitar e do excelente The Sadist, onde Marilyn Manning também brilha) este se torna um dos filmes mais bizarros de toda a década de 1960 , com o seu Rock and Roll à beira da piscina, interpretaçoes pouco convincentes e sobretudo a controversa - e algo simbólico - cena de 'quase violação' da apaixonada Roxy Miller (Manning) pelo troglodita Eegah (Kiel). Ao contrário das películas de macistes pré-históricos assumidamente exploitation-cheesecake de contornos modestos, Eegah é mais um low budget drive-in que remete ao universo da santíssima trindade dos teen-exploitation da década de 1950 (hot rods, rock and roll e 'barbarismo' adolescente) e que com Frankenstein's Daughter, The Giant Gila Monster, ou muitas das posteriores produções da AIP (já tarde na década de 60) é um exemplo típico do fascinante canon do cinema para adolescentes da década anterior, aqui condensado até ao ponto da exaustão, gerando algumas imagens mais frenéticas nessa mesma categoria. Aos poucos redescoberto devido sobretudo à presença do grande vilão bondiano Richard Kiel, Eegah pertence já ao panteão do camp levado ao extremo.
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