Sunday, December 17, 2006

THE DIRTY BURDS


I thought Dirty Burds didn't exist anymore. I think I saw their 45 last time somewhere end 90s and I think I have 2 of their 45s in my collection. This is Dirty Burds newest album released on their own label. It's great surprise. Unfortunatelly only 5 songs, but all 5 great. Inspired by Runnaways, 77 punk and 60s garage. This CD is actually less garage then their early 45s. But for me this is OK, cos I think this fits them better. I don't know why it's a self release, I'm surprised if no label wanted to do it! But maybe the girls wanted it this way? I hope this will be also released on vinyl. Very wild, primitive, raw punk you must have in your collection.

EROTIC NIGHTS OF LIVING DEAD



Honestamente conheço pouco da obra de Joe D´Amato, mas o pouco que vi me desanimou completamente. Não há o status de 'cult' em seus filmes; não há graça e não há humor (mesmo que involuntário). Seus filmes são realmente muito ruins, precários, apelativos, sem ritmo e enganadores. Assistio o indigitado Erotic Nights of Living Dead e não consegui chegar ao fim. Nem as cenas de sexo explícito possuem algum atrativo que não o meramente priápico. Chato, chato pra caralho! Culpa de gente que, estranhamente, usa a blogsfera para catapultar os filmes do Sr. D´Amato a categoria de 'trash auteur'. Não conheço suas obras mais comentadas, tais como "Emanuelle in America", "Antropophagus" e "Buio Omega", mas, sinceramente, não tenho o mínimo interesse. Francamente, este sujeito tem que ser esquecido.

ALUCARDA



Parece que todas as dúvidas relacionadas com uma presença divina no mundo cessam quando se constata a pertubadora mas indubitável presença de Satanás nele, como se esta última presença fosse lamentavelmente muito mais certa do que a divina, tão esperada e tão esquiva. Teriam as pessoas, apesar de tudo, mais fé nas obras do demônio do que nas de D´us? Estariam os homens impacientes com o persistente silêncio de D´us, e o cinema refletiria fielmente essa impaciência? Ou será, segundo uma interpretação mais prosaica, que o cinema se deixou vencer aqui pela exigência comercial de constituir-se em um "espetáculo" e, como tal, o Diabo é mais atraente e pitoresco do que D´us, pois cria mais suspense, mais situações inesperadas e interessantes? O mal nos seduz de maneira mais avassaladora? Ou será que o chamado "mal" revela mais profundamente a estrutura do mundo (segundo a intuição do filósofo Emmanuel Lévinas)? Ou será que nossa forma de pensar o bem e a providência divina, a graça e a salvação é precisamente esta, através da terrível presença do Mal, como através de um exorcismo (como se nos lembrássemos de D´us somente quando já estamos possúidos por seu maior inimigo e necessitamos urgentemente de Sua ajuda)? Será que D´us se manifesta mais claramente em sua luta contra as sombras, como se o mal pudesse ser descrito com clareza e o bem só fosse visualizável quando estamos nos afastando dele?
Alucarda (1978) é a somatória do primitivismo camp tão caro às produções sulamericanas do período, o 'kitsch' cenográfico de Mario Bava e a fragmentação narrativa de cunho surrealista. O final é dispensável, mas há grandes soluções visuais perpetradas por Monteczuma, tais como os andrajos das religiosas, ao mesmo tempo a representação dos limites da libido e do desejo e a marca da fragilidade corpórea (por diversas vezes os mantos são coloridos por sangue). Alucarda é uma película obscura, recentemente encontrada após declarada perdida por historiadores; séria candidata à cult em sua carreira brevíssima nas meia-noites da vida.

Sunday, December 10, 2006

SESSÃO DA MEIA NOITE


O Cérebro Que Não Queria Morrer” (The Brain That Wouldn´t Die, 1962), incrível Sci-Fi bagaceira produzida pela AIP, disponível em DVD no Brasil. Edição dupla com outro petardo da mesma estirpe: "Besta da Caverna Assombrada", dirigido pelo mítico Monte Hellman. Parece uma coleção sob a alcunha de "sessão da meia-noite". Que venham mais schlocks movies"