A CAIXA DE PANDORA
Nos filmes alemães, a sombra se torna a imagem do Destino. Pode acontecer da sombra ser substituída por uma forma sombria tomada a contraluz, como em A CAIXA DE PANDORA (Die Büschse der Pandora), de Pabst, onde aparece a silhueta de Jack, o Estripador, diante do cartaz que enumera seus crimes, como na peça expressionista de Franz Werfel, Der Spigelmensch (O Homem Espelho), na qual os personagens lutam desesperadamente para escapar ao “mundo-espelho” que reflete apenas formas caricatas.
Os filmes alemães trarão os estigmas dessa época: implacáveis imagens de uma sociedade em ruínas.
Os planos de Pabst são longos, pesados, explícitos demais ou simplesmente banais. A reação psíquica de cada um dos personagens é mostrada em excessivos planos aproximados, longos demais e pesadamente entrecortados. Tais análises psicológicas, contrárias aos preceitos expressionistas e tratadas de modo sobreduto naturalista, prefiguram o método que Pabst adotará mais tarde, em suas últimas produções. Para Murnau, como também para Pabst, o rosto de um ator torna-se uma espécie de paisagem que o olho inquirido da objetiva explora incansavelmente até nos recantos mais secretos, descobrindo sem cessar ângulos novos, imprevistos e surpreendentes, novas superfícies a iluminar, ou saiba extrair e desenvolver de maneira extremamente convincente a vida latente que há em toda mulher, in casu, LOUISE BROOKS. Através de Louise Brooks, cuja profunda capacidade de intuição é meramente passiva aos olhos do espectador ingênuo, mas que soube estimular ao extremo o talento de um diretor ademais desigual, Pabst se deixa levar pelo seu fraco por uma atmosfera flutuante ou pelo claro-escuro de contrastes violentos, evoluindo claramente do expressionismo tardio para o naturalismo iniciante, distanciando, assim, cada vez mais da atmosfera ínsita na peça de Wedekind.
Os filmes alemães trarão os estigmas dessa época: implacáveis imagens de uma sociedade em ruínas.
Os planos de Pabst são longos, pesados, explícitos demais ou simplesmente banais. A reação psíquica de cada um dos personagens é mostrada em excessivos planos aproximados, longos demais e pesadamente entrecortados. Tais análises psicológicas, contrárias aos preceitos expressionistas e tratadas de modo sobreduto naturalista, prefiguram o método que Pabst adotará mais tarde, em suas últimas produções. Para Murnau, como também para Pabst, o rosto de um ator torna-se uma espécie de paisagem que o olho inquirido da objetiva explora incansavelmente até nos recantos mais secretos, descobrindo sem cessar ângulos novos, imprevistos e surpreendentes, novas superfícies a iluminar, ou saiba extrair e desenvolver de maneira extremamente convincente a vida latente que há em toda mulher, in casu, LOUISE BROOKS. Através de Louise Brooks, cuja profunda capacidade de intuição é meramente passiva aos olhos do espectador ingênuo, mas que soube estimular ao extremo o talento de um diretor ademais desigual, Pabst se deixa levar pelo seu fraco por uma atmosfera flutuante ou pelo claro-escuro de contrastes violentos, evoluindo claramente do expressionismo tardio para o naturalismo iniciante, distanciando, assim, cada vez mais da atmosfera ínsita na peça de Wedekind.
4 Comments:
louise brooks era linda e sexy demais! e o cartaz do filme é fantástico, não? um post esteticamente perfeito!
Caro amigo, teu blog é fundamental. Parabéns, mesmo!!! Dos filmes que indicas aqui, você os tem? Faz trocas?
Grande abraço,
Jamile.
Louise Brooks não só era bonita, mas como também uma grande atriz, antecipando as musas dos vários cinemas naturalistas e neo realistas.
Srta. Jamile, tenho todos os filmes que comento. Podemos, sim, combinar trocas.
uau, vc tem todos? chiquééééééééééééééééérrimo!!! :D
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